segunda-feira, 22 de março de 2010

A poesia do ser merece ser melhor pensada. Ou quem sabe uma escansão. Um viés.
A tecitura do véu com que nos cobrem todos os dias diz tão frágil o que não somos, que o construir aparentemente fica enovelado. Mas este aparente se desfaz tão corajosamente um olhar seja lançado para detrás do véu. A própria recriação de si nos dias permite o devir tão livre. Tão sutil.
Aprés, as páginas escritas serão todas lidas. Sim. Sempre serão lidas, com algum afinco; mas serão lidas todas, isto eu garanto. E logo em seguida o devir será consagrado. Lidas, não podem ser apagadas, não podem deixar de ser remetidas. Como uma força propulsora o movimento é iniciado. São assim, tem sido assim os últimos dias. Alguma propulsão tem se jogado sobre meu corpo iniciando meus movimentos. A autonomia e a direção, o realizar, talvez o impensável seja relacionar tudo isto à alguma arte, alguma criação. Pois está tudo aí. Tão transparente e límpido que não há necessidade de explicar.
São de algumas fantasias estas semanas. Esta decisão e a independência que meus movimentos adiquirem de mim me fazem perceber o pedido do meu corpo por se esticar, por se fazer volume no espaço, por se sentir.
Tanto, a Nat tem razão em querer dançar.

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