sexta-feira, 28 de agosto de 2009

que seriam os livros. pensei por um instante em algo como borboletas. e tive em mente uma estória de infância. pequena estória de infância. e vou contar. é uma brincadeira. muito mais do que uma estória. alguém deve conhecer. pode não ser novidade... é linda. se abre o livro mais ou menos no meio. do meio. isto é. no meio do meio. pega uma folha de cada lado e coloca toda a sua borda rente a outra. formando um arco sobre si. sobre a própria folha. e faz-se isto. uma atrás da outra. formando vários arcos. que formam uma forma. rs. em meia flor. tão bonito. criança. meu pai quem me ensinou!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Firulas! C'est tonteria[s].
por la calle...
Como cadeiras de madeira, com os pés quebrados, tem aqueles que precisam de manual para saber andar... estão quebrados. O piso frio, chão batido, com a porta e janelas entreabertas mesmo num dia frio. Imóveis, todos permanecem em sua própria absorção, cada um em seu próprio devir. O que haverá de vir dos dias frios com mentes devaneantes que não se falam entre si?
- Você pensa que eu não estou te vendo, só porque não te encaro, digo, nos olhos? [pensei alto, o que fez com que ele se virasse, com cara de assutado]
- É comigo? Deve ser comigo... é?
- Pensava dos dias frios, e das janelas abertas. Por que as deixamos abertas nestes dias?
- Feche-a se quiser. Não me incomodo.
- Com o quê?
- Com o quê, o quÊ?
- Com o que você não se incomoda?
- Você está começando a me incomodar.
- Desculpe. [pensei cheia de culpa - talvez ele estivesse no meio de algo importante e eu o interrompi. EU, com as minhas tonterias]

[Um diálogo de uma só voz na minha cabeça!]

Mas tinham mesmo, como se chamavam... aquelas cadeiras. Tortas e de madeira, aquelas cadeiras. As pernas quebradas não pareciam pedir conserto. Não pareciam pedir nada. Penso que foi coisa da minha cabeça, não sei. Acho que foi.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

respeite a dor que os passantes levam consigo...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Lembro das janelas e um círculo de luz. Atrás, um barulhinho. Se não houvesse me virado com rapidez, tinha toda se esvaido... e eu nem tinha pego aquele tantinho de sorriso no ar, antes de se ir toda.

Um sorriso pra ti! [mas vire-se com rapidez! E ele fica de segredo entre nós!]

sábado, 15 de agosto de 2009

Talvez........... eu pense algo para ser dito mais tarde. Agora nada me ocorre. Só este vázio.
Como um poema de Cecília, o choro me vem perto dos olhos... para que a dor transborde e caia... o choro vem quase chorando. Os olhos me dizem. Não sei o que me dizem ao certo, mas é certo que dizem. Me fitam vivamente, de um gesto tão melancólico que não nega sua vida. Concentrados... estes olhos. Eu vejo as frases que escreveu pelas paredes do seu quarto. Elas me decifram você. É seu jeito de me dizer quem é. Assim você não precisa dizer. Sem se expor. Eu talvez te compreenda melhor agora. Talvez isto realmente me ajude a entender. O vidro da sua janela é quase indecifrável. É a sua letra, tantas pessoas já te disseram isto. Não sei por que, afinal, não cede. Os poemas de Cecília e de Quintana dizem tanto de quem és, quase me perco neles.
Se você visse a imagem pra que olho agora, mas você está de costas pra ela. É a imagem de uma peça que certa vez eu vi. "Adubo, ou a sutil arte de escoar pelo ralo", era este seu título. Destas que fazem a tragédia humana parecer interessante. Sabem tornar o ridículo da existência do homem em algo que, embora tragicômico, não caia na vulgaridade ou num clichê barato. Uma peça muito boa, não recordo o nome da companhia. Também não vou me virar para ver. Não quero perder este fio que nos une agora pelo olhar.
Não gosto da cor das paredes de seu quarto. Faz algum tempo que penso nisto. Estava pensando nisto agora, até que Adriana Calcanhoto resolveu que alguém tem medo do amor. Ora, é claro que se tem medo do amor. E por que não se haveria de ter? Coisa ridícula esta estória de amor! Quem precisa disto? É lógico que todos tem medo do que se furte ao controle, e anula a consciência enquanto sede da razão. Já ouviu falar em algum ser humano racional apaixonado? É óbvio. Não, não é simples assim. Que simplista. Não que seja mentira, mas muito pequeno. A verdade mesmo é que tudo no fim é muito sofrimento. Quantas lágrimas, sempre lágrimas. Não adianta. Pode tentar argumentar, mas nunca vai me convencer porque as coisas são assim: tudo acaba. Nada é verdade e tudo acaba. Quanta baboseira! Diversas frases enjoativas e babosas. A verdade é que acho tudo isto muito chato. Uma discussão desnecessária. Tudo muito entediante. Antes as paredes verdes de seu quarto das quais não gosto.
Estou cansada. Isto é só um fragmento, um devaneio. Não sei por mais quanto tempo conseguirei levar isto adiante. Seus olhos são lindos... vou me virar agora. Este espelho que nos une precisa ser limpo. Tem tantas manchas de minhas mãos... de quando tentava te alcançar. Hoje entendi. Entendi que não é assim que chego a você. Boa noite, sonhe.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

.....................e como é que a srta quer deixar a face do planeta??uahuhau...
sugiro cores! muitas cores. cores vibrantes [estas me lembram uma leonina!! toda colorida, hehe]
e tb tons suaves - que às vezes são necessários entre uma vibração e outra,
aquele toque mesmo de se deixar um suspiro, um tempo pra pensar.
Há de ter vermelho! A-PAI-XO-NA-DA-MEN-TE... arrebatador!
Certamente há de ter verde, pra garantir o ar, a respiração pura [se possível for!]
Então eu digo, para mudar a face do mundo... eu digo: SIM!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Às vezes é a própria poética do descalço que me faz pensar. Não da poetização pura de andar no asfalto. É a expressão como em Lavoura, dos pés dizendo, suavemente soprando suas imagens tão claras, enquanto a voz do locutor-narrador-personagem-principal conduz à cena o lirismo que mesmo não lhe falta, ela é em si, toda. Termina por aparar-lhe as arestas e jogar alguma intensidade leve. De modo algum que isto seja paradoxal. De Arcaica que é, encanta. Os pés se dizendo, ressoando o interno ao som da poética desnuda que a voz suave sopra à cena. Lírico!
 

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