sábado, 30 de maio de 2009

Vou caminhar. Depois de noites sumidas, dias corridos; vou buscar o que esperar e poder parar e caminhar, simplesmente. Através do tráfego, não de carros, mas de gente, humanos, tantos rostos e infortuitas expressões, cansadas e esquecidas. Tendo sorte, e tendo tempo, posso tomar um banho. Suado do dia corrido e cheio, buscar no travesseiro um pouco de esquecimento, e deixar as memórias nos sonhos, para aquele que sonha, que não sou eu. Eu durmo. Posso talvez, buscando alguma calma, abrir um vinho, encher uma taça ou, tão indistintamente, virar o conhaque. Um gole pode ser tudo. Vou tentar fingir, quando passar frente ao espelho, que pouco me importo, que tanto me faz o tempo. Eu digo, repito e afirmo, as linhas de expressão são marcas lindas, são cheias de significação... eu minto, eu repito. Isso eu nego, eu acredito. O certo é que no fim do dia vou dar um rolê... fazer um rango... gritar bem algo... algo assim, cotidiano.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Não sei o que acontece com a gente, mas a gente tem um jeito novo de se aventurar. [p/ espelho] "Hei, EU TÔ FALANDO É COM VOCÊ......"

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Caminhando lenta e cui-da-do-sa-men-te sobre o beiral que dava para o desfiladeiro, àquela vertigem de alturas incónumes ou de dias ruins não estava em meu estômago. A pedra era gelada nos meus pés descalços que, tão cuidadosamente, escolhiam o exato milímetro onde colocar sua ponta e deixar-se acomodar o restante da palma com frio. Essa dança perdida assemelhava-se a um flutuar alucinante, tão desprezo do ser que quase se tornava automático. E o controle sobre os passos parecia esvair-se a cada novo andar, cada novo pulso de tempo. E a velocidade como que crescia, como que ficava intacta - era algo da ordem das sensações insertas, do incognoscível de se descrever. A cada passo, a cada milímetro gelado onde a palma dos pés se deitava e se deleitava, o contorno do beiral ia se completando, o desenho apontando o limite onde o lápis era retirado do papel. Dali em diante, o diante era já conhecido. Pois de um giro de 180 graus, algo assim tão vacilante que se espera a vertigem que não se havia e, consequentemente, a queda. Mas a firmeza de meus pés cravados aquelas pedras frias permanecia constante... e vibrante... e gélida. Não havia vento, não havia sopro. Havia uma árvore cravada no meio do caminho, no retorno do contorno aonde não cheguei a passar; mas que agora desponta como elemento verde na minha paisagem particular. Das mãos num dos galhos, o que desponta para fora, onde os pés não podem tocar o chão, agarrei-me com segurança e coloquei-me a balançar. Ora, como são estranhas estas brincadeiras de menina...

domingo, 10 de maio de 2009

 - Sobre pensares. Porque tem uns pensamentos que lotam, invadem a gente mesmo e nem sabemos explicar o que são. Você compreende?
- Claro que entendo, você está falando das flores que lhe dei.
[Ela pensou: no que ele estaria falando?] e acrescentou:
- Claro, ...as flores. Sim. Você consegue pensar por elas? Por um poema sujo?
Levantou-se devagar da poltrona verde-musgo onde costumava espreguiçar-se, largar-se... tão pesado. Olhou-a nos olhos bem próximo:
- Você quer que eu te peça pra ficar? Digo, pra ficar hoje aqui comigo?
- Não. [Jamais pediria].
- Tudo bem. [Não pediria se ela não dissesse]. - Mas você dizia de rosas, ou de poemas sujos... ou de mim?
- Dizia de você.
- Continue, me diga.
- Tudo bem, já está tarde. Vou embora.
- Fique bem.
E depois de um beijo nem tão leve nem tão intenso, o barulho da porta se fechando lentamente foi a última fagulha que um teve do outro naquele dia. Mas haviam os pensamentos... de desencontros. Você compreende?

Pretendo... a princípio... no princípio deste principiar principiando... em primeiro: parar com estes exageros linguísticos que rebuscam... [ao menos em excesso!].
Complicado fica tudo o que vira um vício, e viciei! Além da conta, acredito. Pois bem, com isto digo, o que quero dizer..... o que quis desde o início:
pretendo inscrever as leituras que já fiz... já li milhares de livros, etc, etc... na vida. Mas isto dispende tempo, energia... e esta prI-guicinha [licença poética!] que agora me acompanha tem de me deixar.
MAS... porém-contudo-entretando - clichê até esta frase, a correta, porque eu sempre escrevo entretanDo ao invés de entretanTo. Ato falho, deixei.
Retomando o fio... e desfiando... firmo aqui publicamente, pra que não fique só na memória e dela, de lá, se finde por esvair-se... sublimar... Compromisso. Um dia... farei!


como cacos nas paredes... palavras pequeninas escritas sobre o verde claro...
sobre a tinta seca e gasta...
Farelos de frases de um discurso qualquer, fagulhas de voz.
 

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