domingo, 27 de setembro de 2009

entre os ditos e não ditos. diz-ditos. des-ditos. dez-ditos. e segue dizendo...

domingo, 13 de setembro de 2009

POEMA

Se morro
universo se apaga como se apagam
as coisas deste quarto
                                 se apago a lâmpada:
os sapatos - da - ásia, as camisas
e guerras na cadeira, o paletó -
dos - andes,
          bilhões de quatrilhões de seres
e de sóis
        morrem comigo.

Ou não:
       o sol voltará a marcar
       este mesmo ponto do assoalho
       onde esteve meu pé;
                                     deste quarto
       ouvirás o barulho dos ônibus na rua;
           uma nova cidade
           surgirá de dentro desta
           como a árvore da árvore.

Só que ninguém poderá ler no esgarçar destas nuvens
a mesma história que eu leio, comovido.

Hola mi amigo,

Entonces, por estas horas, estive pensando de[s] gostos. E das descobertas que se irrompem, das palavras que saboreiam. E lembra-me tanto descobertas, dos descobridos que eu fazia. Uma poesia perdida em algum lugar, num possível que não veio a ser... puro devir. Este dia, très belle, alguém toca sax no meu telhado, enquando leio poesia. Logo depois que se foi... você. Ficou um gosto de gosto, de saborear. De dias assim: quero me perder neste dia, pra que ele não se perca de mim. Me acabar nele pra que ele não acabe. Firulas e tonterias... borboletear! E das literaturas e poesias... clube do livro! Resolvi dividir. Quis te mandar uma carta, mas não tenho seu endereço. Tenho ainda este gosto por toques [e uma caixinha de cartas sobre meu guarda-roupa]. Quis dividir, quis também trocar. Que quer você? Faz saudades onde moro!
A dúvida foi escolher qual enviar...


A morte não existe (John McCreery)

Não existe a morte. Os astros se vão
Para surgirem em outras terras e
Sempre brilhando no diadema celeste,
Espalham seu fulgor incessantemente.

Não existe a morte. O chão que pisamos
Converter-se-á pelas chuvas estivais,
Em grãos dourados; em doces frutos;
Em flores que luzem suas policromias.

Não existe a morte. Embora lamentemos
Quando o corpo denso de seres queridos
Que aprendemos a amar, sejam levados
De nossos amorosos braços, agora vazios.

Eles não morreram. Apenas partiram,
Rompendo a névoa que nos cega aqui;
Para nova vida, mais ampla, mais livre,
De esferas serenas, de brilhante Luz.

Embora invisíveis aos nossos olhos;
Continuam nos amando. Estão connosco.
Nunca esquecem os seres queridos,
Que pelo mundo, atrás deixaram.

Não existe a morte. As folhas do bosque
Convertem em vida o ar invisível;
As rochas se desintegram para alimentar
O faminto musgo que nelas se agarrou.

Não existe a morte. As folhas caem;
As flores murcham e desaparecem;
Esperam apenas durante as horas hibernais
O retorno do suave alento da Primavera.

Embora com o coração despedaçado,
Coberto com as negras vestes de luto,
Levemos seus restos à obscura morada
E digamos que eles morreram.

Apenas despiram suas vestes de barro,
Para revestirem com trajes cintilantes.
Não foram para longe, não nos deixaram;
Não se perderam; nem mesmo partiram.

Por vezes sentimos na fronte febril,
Suave carícia ou balsâmico alento;
É que nosso espírito ainda os vê,
E nosso coração se conforta e tranquiliza.

Sempre juntos a nós, embora invisíveis,
Continuam esses queridos espíritos imortais;
Pois, em todo o infinito Universo de Deus,
Só existe Vida - NÃO EXISTE MORTE.

___________

[Penso que se vale na ausência. Na presença de uma ausência. Vale na saudade!]

1 bj, com o borboletear amarelo voando aos versos...


sexta-feira, 11 de setembro de 2009


parada em frente ao muro vermelho eu penso em quanto tempo isso tudo pode virar pó. em quanto tempo? a tinta já gasta ou ainda fresca. são detalhes meros e lúdicos de um discurso qualquer. discurso a quem... sabe lá! das companhias os céus de nuvens passam rapidamente como que dando lugar a um temporal que se anuncia. o muro vermelho. de um vermelho já não tão vivo. escurecido pelo cinza do céu. suporta a alegria vibrante em dias de luz. os pés descalços. acostumados. tão submetidos a tudo aquilo havia tanto tempo. que já a submissão não era submetida. mas adquirida de modo legítimo. quase científico. errare humanun est. e das companhias. dos acompanhantes. preferi os pontos. que servem tanto para bastar. quanto para retomar o caminho. endireitar o olhar. e caminhar um novo espaço.

domingo, 6 de setembro de 2009

Tem bêbado que fica rico, tem aqueles que ficam poliglota!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

as vezes as luzes ficam melhor apagadas. Ficam, também não ficando, indo-se bem... às vezes.
 

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