segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Da insustentável leveza, há que se pensar... ou talvez, nem tanto. Após ter lido o livro de Milan Kundera, uns 6 meses antes, assiti ao filme homônimo. Não conheço quem foi o autor original do célebre dizer a respeito de que um filme nunca é tão bom quanto o livro. Mas é certo, quem quer que tenha dito isto deve tê-lo feito ao assistir a insustentável leveza do ser. Ao contrário do livro, o filme perde elementos, relações - tanto com objetos quanto com pessoas - que para o leitor de Kundera deixam o filme muito aquém do texto. Considera-se as limitações em transpor um romance de tal complexidade para uma linguagem cinematográfica. É uma pena, o filme é longo, tem cerca de duas horas e quarenta minutos [algo por volta disso], e ao cinéfilo desavisado, torna-se empobrecido mesmo no desconhecimento. A narrativa de Kundera é entrelaçada em si, entre os elementos que a compõe, o que, a meu ver, torna ainda mais difícil sua transposição para o cinema, com alguns elementos chaves sendo imperceptíveis em sua importância devido as limitações de filmagens, etc. O livro permite extrapolar idéias sobre diversos temas, é rico em assuntos e aberto a possibilidades, permitindo que o leitor pense diversificadamente no decorrer da trama, pensares distintos, diversos... O filme, a meu ver, não expressa de forma clara as percepções do texto. Tive a impressão de que em alguns momentos do filme, só o compreendi por já haver lido Kundera, ou perderia algum elemento sem saber de seu fundamento na cena.

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