segunda-feira, 20 de agosto de 2012


Foto: Divulgação

Crônicas. Recentemente me entendi com esta peça literata. Mal sabia eu do que se tratava. Um conto sim, este eu sempre soube, é um romance curto, não deixa de ser. Mas uma crônica, o que diabos é isto?
A Última Madrugada é um livro de crônicas do escritor e jornalista João Paulo Cuenca. Ambientado em espaços urbanos contemporâneos, mas especial e insistentemente no Rio de Janeiro, as crônicas de Cuenca são o retrato de uma modernidade entupida de si mesma.
Como crônicas, mistam entre o literário e o jornalístico, brincando com o suspense, ora retracejando deslindres de filosofia, ora passeando por hotéis, ora em porões sujos e lugares inusitados, estes são os ambientes dos escritos.
A crônica tem algo de essencialmente urbano, penso. Não me parece que Guimarães Rosa escreveria crônicas, mas por outra face, me parece que sim e que seria de uma sutilidade quase ardida, campestre e corriqueiro, mas fatal.
As linhas deste livro trazem diversos momentos de solidão a um, a dois ou a mais. Também trazem aquele instante de similitude e acolhida, em um, em dois ou em mais. Fazendo uso das impressões particulares, ora buscando distância, ora explorando os sentidos permissivos, Cuenca narra uma trajetória fragmentada de um ser, de qualquer ser em qualquer lugar, mas num lugar ocidente. Minhas impressões.


Escritor: João Paulo Cuenca
Editora: Leya Brasil

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