sábado, 31 de julho de 2010

Trecho de "o peso da feminilidade". De quando eu buscava no movimento, a arte e o descontorno. Quando não entendia direito o transbordamento e a possibilidade da angústia. Mas enquanto dava passos pra entender o movimento, e escrevinhante... partegei o último post!

O que têm em comum a arte, a psicanálise e a feminilidade? Que as três andem às voltas com a falta – até aí, nada de novo. Mais vale
dizer que a partir da falta, ou do vazio, ou de como quer que se nomeie isto que não há, tanto a psicanálise quanto a arte são expressões
do inacabado – o que faz com que só existam em estado de constante mutação. A feminilidade, não como aquilo que é próprio das
mulheres mas como aquilo que sabe gozar um pouco além do falo, nem sempre se põe mutante - mas tem certamente este potencial. Uma
vez que não gira (apenas) em torno do falo, pode arriscar movimentos centrífugos em direção a não sei onde. Uma vez que não se
constitui a partir de uma obsessão em evitar a castração, a feminilidade é um modo de gozar que pode arriscar um pouco mais na direção
de uma desmesura, ou seja, que aceita correr o risco de esbarrar na angústia, ou mesmos de ir um pouco além. Daí que, é claro, todo
artista, seja homem ou mulher, acaba (ou começa) por saber algo a respeito da tal feminilidade.

http://www.mariaritakehl.psc.br

1 comentários:

Ana SSK disse...

Mais além da angústia...direção da feminilidade...interessante.

 

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