domingo, 18 de outubro de 2009

falo às vezes com versos de poeira, porque tenho em mim algo que escapa. como o desenrolar de dias frios. tenho em mim a dor dos passantes, mas respeitosamente inquieto, respeitosamente silente. se há o verbo silentiar! que se faça.
tão longe quanto possa me colocar de mim mesmo, a perversidade dos escuros busca por um grito. e eu não calo. não tenho o direito de me render ao vão das horas. das vespas que entram pelo quarto. no silenciar de me fazer no grito. dois passos são dois goles de veneno. pequenos goles de venenos quentes. qual deles será o mais mortífero?

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