Como cadeiras de madeira, com os pés quebrados, tem aqueles que precisam de manual para saber andar... estão quebrados. O piso frio, chão batido, com a porta e janelas entreabertas mesmo num dia frio. Imóveis, todos permanecem em sua própria absorção, cada um em seu próprio devir. O que haverá de vir dos dias frios com mentes devaneantes que não se falam entre si?
- Você pensa que eu não estou te vendo, só porque não te encaro, digo, nos olhos? [pensei alto, o que fez com que ele se virasse, com cara de assutado]
- É comigo? Deve ser comigo... é?
- Pensava dos dias frios, e das janelas abertas. Por que as deixamos abertas nestes dias?
- Feche-a se quiser. Não me incomodo.
- Com o quê?
- Com o quê, o quÊ?
- Com o que você não se incomoda?
- Você está começando a me incomodar.
- Desculpe. [pensei cheia de culpa - talvez ele estivesse no meio de algo importante e eu o interrompi. EU, com as minhas tonterias]
[Um diálogo de uma só voz na minha cabeça!]
Mas tinham mesmo, como se chamavam... aquelas cadeiras. Tortas e de madeira, aquelas cadeiras. As pernas quebradas não pareciam pedir conserto. Não pareciam pedir nada. Penso que foi coisa da minha cabeça, não sei. Acho que foi.
Conteúdo deste blog e o maior reconhecimento de 2023
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Sinto-me honrado e feliz com a declaração pública nas redes sociais que
recebi do Embaixador das Artes e da Cultura da Academia de Letras do
Brasil/Suíça...
Há 3 meses
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