- Sobre pensares. Porque tem uns pensamentos que lotam, invadem a gente mesmo e nem sabemos explicar o que são. Você compreende?
- Claro que entendo, você está falando das flores que lhe dei.
[Ela pensou: no que ele estaria falando?] e acrescentou:
- Claro, ...as flores. Sim. Você consegue pensar por elas? Por um poema sujo?
Levantou-se devagar da poltrona verde-musgo onde costumava espreguiçar-se, largar-se... tão pesado. Olhou-a nos olhos bem próximo:
- Você quer que eu te peça pra ficar? Digo, pra ficar hoje aqui comigo?
- Não. [Jamais pediria].
- Tudo bem. [Não pediria se ela não dissesse]. - Mas você dizia de rosas, ou de poemas sujos... ou de mim?
- Dizia de você.
- Continue, me diga.
- Tudo bem, já está tarde. Vou embora.
- Fique bem.
E depois de um beijo nem tão leve nem tão intenso, o barulho da porta se fechando lentamente foi a última fagulha que um teve do outro naquele dia. Mas haviam os pensamentos... de desencontros. Você compreende?
Conteúdo deste blog e o maior reconhecimento de 2023
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Sinto-me honrado e feliz com a declaração pública nas redes sociais que
recebi do Embaixador das Artes e da Cultura da Academia de Letras do
Brasil/Suíça...
Há 4 meses
1 comentários:
Bem a sua cara DI , continue asim esta´escrevendo bem .bjss
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