domingo, 4 de dezembro de 2011

É vendo a exposição 'Cidade Adoniran', no Sesc Consolação, que começo a me perguntar de mim, outra vez, outro tempo, de minha inspiração [?!]. O que faço do que fiz dos sentidos que se atravessam em mim?
Devo fazê-los ressoar.
De outra volta, esta nova descoberta, Manoel de Barros e o desprendimento do que quer que seja, e não se o sabe, essa tal inspiração.
Tenho de ensaio uma saída.
Captada pelas fotografias de São Paulo musicadas em trilhas recortadas, de músicas do pai do samba paulistano, isto é contemplação.
Fazia tempo que eu não escrivinha? Nem tanto. Nem fazia tanto também que algo me prendia. Fazia, sim, um tanto que algo não me capturava em sua novidade recorrente, ressoante em mim. Penso sobre este nome, lugar que situa o sesc - Consolação. Quen há de ter nomeado?
Não posso deixar de lembrar da música de Tom Zé, que em tom de pesar, ritma o alívio por ter ocorrido, entre a Augusta e a Angélica, de nascer a Consolação.
Parecem duas cidades diferentes. Há tanto espaço. As pessoas sentadas em poltronas confortáveis cochilando. A pressa foi embora, à barraram na porta e não deixaram-na entrar aqui. E eu, depois de ficar hipnotizada olhando a 'Cidade Adoniran', vendo São Paulo pelos olhos do artista Otávio Valle e 'ouvidando' o acompanhamento do sambista; agora observo os transeuntes e os dorminhocos. Espero a fome chegar para almoçar e me distraio pensando em mim mesma escrivinhando estas linhas. Esta Terra da garoa que me aguarda, que me agrada. Me sinto em meu lugar.

0 comentários:

 

Copyright 2010 arts... pretensos istas.

Theme by WordpressCenter.com.
Blogger Template by Beta Templates.