sexta-feira, 4 de março de 2011

          Figuram memórias tão indecisas quanto falsas. São claras e precisas, mas são verdadeiramente falseadas se destacando do fundo da cena. Precisava me expressar, dizer, linguagear algo... foi feito. E não sinta-se convocado a me responder. É como dizer - Não pense em elefantes? E no que é que você está pensando agora? Esta percepção não é nova, é expropriada de um seminário psicanalítico. Fulguras e lantejoulas pro colorir de um dia.
          Veio o silêncio quando nenhuma resposta chegou para o calar. Silenciar o silêncio, foi o que faltou de uma resposta nunca vinda.
           Muito tempo se passou, e o que é muito tempo ninguém sabe de certo quanto tempo é, mas é que se passaram os tempos, algum tempo, plural e tão singular... e alguma resposta veio. Uma imagem se formou com o que havia de não dito, de inaudito, em toda diagramação. Não chegou de algum lugar, foi um significante de surpresa quando, de volta os resquícios das mesmas letras, a mesma música, a mesma inscrição de onde não se veio resposta, eis que ela mesma, a resposta, aparece de assombro como em forma de constatação.
          O que há de se responder quando não há resposta. Há sempre uma resposta que fica, em sua total falta de verdade, ela sempre aparece e fica. De respostas cortantes, quando a resposta fere o que se quer bem, nem tanto se quer... um tanto de bem-dizer, de bem-querer... que se há de fazer? Há deslindres de palavras pouco usadas. Bicicletas circulando. Ladrilhos, latidos, des-orientação e sentidos forjados. ...calemo-nos. O silêncio que me falseia a respostas, de tanto tempo entendido então... desvelou a imagem tão clara que ofuscante.
          O silêncio em generosidade. E é tanta.

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